HISTÓRIA

Vinho: a bebida de Baco produzida em Nova Veneza

 


A tradição italiana é bastante presente na cidade, que conta com nove produtores artesanais

Esse tipo de produção, segundo e engenheiro agrônomo da Epagri Paulo Roberto da Costa Nunes, é diretamente relacionado à propriedade familiar. “É uma vinificação em pequenos volumes. A elaboração do vinho é feita com equipamentos simples e uso de produtos tecnológicos indispensáveis. Porém, além disso, é importante uma boa higienização da cantina, evitando assim alguns defeitos desagradáveis que poderão surgir no vinho”, avalia. A partir destes cuidados só falta uma uva de qualidade para produzir bons vinhos. 

Nunes conta que são produzidos cerca de 60 mil litros da bebida por ano. Representa uma pequena fatia da economia municipal, mas é importantíssima na manutenção da tradição e dos costumes italianos. “O Borgo produz 20 mil litros, o Xisto fica com 13 mil e La Pergona conta com a produção de 9 mil litros anuais. A outra fatia é dividida entre os pequenos produtores que focam mais no consumo próprio”, revela.

Tradição que ultrapassa gerações

José Luiz Ronconi produz o vinho para consumo próprio, e segundo ele o processo não é simples e muito menos rápido. Primeiramente são retirados os cachos, escolhidos os que estão bons, e em seguida colocados em uma prensa que abre os grãos. 

Após, são feitos testes com o mostímetro, um medidor do açúcar, para avaliar a quantidade de açúcar, que será responsável pelo teor alcoólico do vinho após afermentação. 

O mosto – que é basicamente o grão esmagado, semente e cascas – fica por mais cinco dias em um tanque, depois é separado, e o líquido é colocado em pipas. Nessas pipas eles ficam por 15 dias fermentando. Depois é feito um processo de transfega, que é separação do material sólido do líquido. Em média são feitas de três a quatro transfegas até que o líquido esteja totalmente limpo. Todo o processo demora mais ou menos três meses.

Benefícios do Vinho 

Segundo a nutricionista Ednara Caetano, além de ser delicioso ao paladar, o vinho contém substâncias que retardam o envelhecimento, ajudam na digestão e evitam o acúmulo de gordura nas artérias. Como o organismo humano não produz essas substâncias químicas protetoras cabe ao homem obtê-las pela alimentação. 

“O vinho possui flavonóides que tem efeitos antioxidantes, pois são carreadores diretos de radicais livres e desta forma desempenham um papel importante na prevenção de doenças cardiovasculares”. Claro que os benefícios são válidos apenas para o consumo moderado. “O ideal é que se tome uma taça, ou duas por dia”, lembra o produtor José Ronconi. 

Por Flávia Bortolotto
Matéria 2012 – Curso de Jornalismo da Faculdade SATC

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