O objetivo da postagem é servir de fonte de pesquisa
“Recreio do Trabalhador” edificação sede do Itaúna Atlético Clube, uma associação formada por funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional/ CSN. O prédio é um patrimônio tombando em nível municipal e abandonado pelo poder público da cidade de Siderópolis, localizada no sul de Santa Catarina. Porém, os desdobramentos dessa pesquisa foram mais além, tendo em vista que esse clube faz parte de um grande conjunto de edificações que compõe a Vila Operária de Rio Fiorita.
Para melhor compreendermos a cidade e as edificações pesquisadas, se faz necessária uma breve contextualização dessa região. A região sul de Santa Catarina teve seu desenvolvimento econômico, urbano, social e cultural marcado pela exploração carbonífera, atividade que teve seu início em fins do século XIX e início do XX. A descoberta do “ouro negro” incentivou a vinda de muitos/as trabalhadores/as de diferentes regiões catarinenses, como também de outros estados.
A chegada desses/as trabalhadores/as e a riqueza proporcionada pela mineração modificou os contornos das pequenas vilas, cuja economia era baseada na agricultura. As empresas mineradoras ao se instalarem nos municípios do sul catarinense construíram uma série de estruturas que deveriam garantir o “bom” funcionamento dos trabalhos. Importante evidenciar que a maioria das empresas pertenciam a empresários de fora do Estado e que algumas mineradoras foram constituídas por sociedades mistas formadas por empresários locais e de outros estados. Essas empresas foram responsáveis pela abertura de diversas minas para a extração do carvão, como também, pelos investimentos nas estruturas de transporte do minério ampliando ramais ferroviários, através da Ferrovia Thereza Cristina, e com investimentos para a construção e ampliação dos Portos de Laguna e Imbituba.
As mineradoras também foram responsáveis pela construção das vilas operárias e de seus espaços de lazer – como os campos de futebol e as sedes recreativas – construindo ainda, armazéns, ambulatórios e as sedes administrativas das próprias empresas. Cada uma dessas construções cumpria um papel fundamental para o funcionamento das atividades carboníferas: seja para extração ou escoamento, seja para controle e disciplinarização dos/as trabalhadores/as das minas.
Essas vilas eram construídas exclusivamente para suprir as necessidades das famílias dos mineiros a exemplo dos modelos europeus. Assim começaram as construções das vilas operárias na região do sul do estado. No início da mineração as casas eram construídas de barro e aos poucos foram substituídas por casas geminadas de madeira, formando assim as vilas operárias como conhecemos ainda hoje. Esse modelo adotado era “o modelo capitalista vivenciado na Europa. Que mostra como tudo na vila operária pertencia à Companhia Mineradora: casas, farmácia, açougue, armazém”.
No caso da cidade de Siderópolis, as transformações econômicas e urbanas desenvolvidas durante o ciclo do carvão se deram a partir da chegada da Companhia Siderúrgica Nacional/ CSN durante a década de 1940. A chegada da estatal marcou uma nova fase do ciclo do carvão. A empresa oferecia melhores salários e suas vilas operárias eram melhores equipadas. As estruturas da empresa também eram diferenciadas. Logo a CSN se tornou um parâmetro para os demais trabalhadores e para as reivindicações do sindicato. Já para o meio ambiente a chegada da estatal foi devastadora.
Em Siderópolis, município vizinho de Criciúma, a CSN praticamente construiu uma nova cidade. Construiu uma vila operária na década de 1940 com toda uma infraestrutura que certamente muitas famílias pobres, originárias da agricultura ou da pesca, ainda não conheciam. Além das casas, havia armazém, açougue, clube recreativo, escola, posto de saúde, restaurante, hospedagem para “doutores”, engenheiros e autoridades governamentais, etc.
A construção da vila operária da CSN ocorreu no bairro Rio Fiorita transformando totalmente o cotidiano da cidade.
Com a chegada da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional ecomeço da exploração do carvão, por volta de 1941, surgiu a primeira mina de carvão (galeria) e a montagem da primeira escavadeira. Junto iniciou-se a construção, em massa, de casas operárias em Rio Fiorita.
A vila operária do bairro era projetada de maneira que os/as operários/as não precisassem sair dela para atender suas necessidades. Ao longo dos anos, a cidade foi crescendo, tudo gerava em torno da CSN. Um exemplo da importância da instalação da empresa no município foi a mudança do nome da cidade, antes da chegada da estatal o ainda distrito de Urussanga se chamava Nova Beluno, Foi em homenagem a Siderúrgica, que o distrito passou a denominar-se Siderópolis. A Lei municipal nº60 de 01/07/1913 criou o distrito com a denominação de Nova Belluno, subordinado ao município de Urussanga. Em 19/12/1958, através da lei estadual nº380, foi desmembrado de Urussanga, elevando-se à categoria de município com a denominação de Siderópolis.
Os territórios do jovem município de Siderópolis eram demarcados pelas estruturas do carvão e pela hierarquia das funções desempenhadas na empresa. A cidade era divida entre vilas onde moravam os engenheiros vindos do Rio de Janeiro e suas famílias, e a vila dos operários.
No ano de 1991, já com o carvão em baixa no mercado, a empresa deixou a cidade o que gerou uma crise afetando a economia e a vida de quem dependia dela para o seu sustento. Com o seu fechamento essas estruturas foram entregues à prefeitura municipal em regime de comodato, conforme consta na Lei Nº 850/91 onde fica estipulado que: O chefe do Poder Executivo municipal, autorizado a firmar Contrato de Comodato, a título gratuito, com a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN, para a utilização do Recreio do Trabalhador, Jardim de Infância, Campo de Futebol, Ambulatório, Clube União Mineira, Escritório e Portaria, todos localizados no Bairro Rio Fiorita, neste Município (Lei Nº 850/91, 02 de agosto de1991).
Esse contrato teria validade de 30 anos. Ainda na lei outorgada pelo então prefeito José Antônio Périco, consta que esses bens citados acima, deveriam ser destinados a serviços como saúde, atividades esportivas, lazer, atividades escolares e ainda para instalação de indústrias, respeitando as características dos imóveis (LEI nº 850/91 art.2º). Segundo o ex-prefeito Douglas Gleen Warmling, que na época era vereador, no ano de 1997, esses prédios foram definitivamente comprados pelo município, por um valor simbólico de R$ 1,00. Os pavilhões onde funcionavam as oficinas e almoxarifado foram doados a empresas no intuito de gerarem novos empregos. Já a portaria do escritório e o ambulatório registra suas doações à Associação de Moradores do Bairro Rio Fiorita. Alguns prédios citados na lei acabaram ruindo pela ação do tempo, falta de manutenção e de uso dos espaços.
Todas essas estruturas deixadas pela CSN se constituem como importante evocador de memória coletiva e referencial identitário da comunidade do bairro Rio Fiorita e da própria cidade de Siderópolis, pois fizeram e ainda fazem parte da história desse município. Os lugares que mais evocam essas memórias são principalmente os espaços de sociabilidade. O Clube “Recreio dos Trabalhadores”, por exemplo, foi construído no ano de 1954 – como sede do então Itaúna Atlético Clube fundado em 04 de dezembro de 1952 – ele foi uma reivindicação dos funcionários que necessitavam de um lugar de lazer para eles e para seus familiares. Como apontaram as pesquisas, diversoseventos sociais aconteciam nesse local, por meio das fotografias podemos observar o envolvimento de toda sociedade em eventos, festas, cinema, etc.
No local também funcionava diariamente um bar, onde os funcionários se reuniam após a jornada de trabalho. Ali bebiam, jogavam dominó, baralho, passavam o seu tempo livre. Além dos funcionários, a própria empresa utilizava o clube para promoção de festas e jantares. O espaço também era utilizado pelo sindicato dos mineiros que realizava suas reuniões e assembleias para deliberações diversas. Percebemos que no decorrer de décadas, não apenas a empresa, mas todas as estruturas ligadas a ela se tornaram espaços do cotidiano dos moradores da cidade.
Após o fechamento da empresa e sua saída do município ocorreram várias disputas pela posse de suas estruturas. Essas disputas ocorreram principalmente em torno do prédio do Clube Recreio do Trabalhador e do antigo Escritório da CSN o que evidencia a importância dessas edificações para as entidades locais. Esses interesses em torno desses bens visavam tanto a preservação dos locais e de suas memórias quanto interesses econômicos, já que essas edificações estão em espaços privilegiados da cidade.
Nesse sentido, os bens da CSN passaram a ser alvo de diversas disputas tendo diferentes protagonistas e objetivos para o uso dessas estruturas. Um dos grupos interessados na doação das edificações é a Sociedade Amigos de Siderópolis. Conforme o ofício nº 071/96, de 07 de maio de 1996 expedido pelo prefeito Lucio Ubialli, solicitava ao Dr. Sylvio Nobrega Coutinho então presidente da CSN em Volta Redonda/RJ, a “doação da área e instalações do Recreio do Trabalhador e do Campo do Itaúna Atlético Clube”. No documento o argumento para a doação desses bens para a associação era pautado no fato de que a grande maioria dos membros são ex-empregados e/ou filhos da extinta Companhia Siderúrgica Nacional – CSN. O pedido foi reforçado ainda pelo próprio presidente da associação Volnei Silva em carta também enviada ao Dr. Sylvio no dia 10 de maio do mesmo ano:
Nas pesquisas não foram encontrados documentos da CSN como respostas para esses ofícios, lembrando que pesquisas ainda estão em andamento. A carta acima citada reforça se fundamenta no valor identitário ligado a esses bens e a necessidade de preservá-los para manter viva a história local. Segundo Carlos Lemos, “devemos, então, de qualquer maneira, garantir a compreensão de nossa memória social Oficio nº 071/96. Carta enviada ao Diretor da CSN, em 10 de maio de 1996. preservando o que for significativo dentro de nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural.” (LEMOS, 1981, p. 29)
No ano de 2000, o prefeito Dilnei Rossa, autoriza a doação do Estádio Mozart Vieira e do Clube Recreio do Trabalhador para a Sociedade Amigos de Siderópolis, conforme consta na Lei nº 1.322/00 de 29 de Dezembro de 2000. Essa decisão gerou um conflito de interesses. Logo após a divulgação da doação, outras entidades recorreram às mídias se contrapondo a lei. Uma nota de repúdio intitulada “A irresponsabilidade no apagar das luzes”, foi divulgada e assinada pela Associação de Moradores do Bairro Rio Fiorita, Sindicato dos Mineiros, Movimento de Irmãos, Esporte Clube Estrela Vermelha e Aposentados da CSN, na nota eles manifestaram: O desrespeito para com a Comunidade do bairro de Rio Fiorita, sobre a posição tomada na última sexta feira dia 29/12/2000, na sessão extraordinária realizada na Câmara de vereadores e sancionada pelo ex. Prefeito Dilnei Rossa, sobre o RECREIO DO TRABALHADOR E O CAMPO DO ITAÚNA, pois concederam os direitos para os “AMIGOS DE SIDERÓPOLIS”. A COMPANHIA SIDERURGICA NACIONAL (CSN) levou toda a riqueza do nosso bairro, só nos deixou degradações, tínhamos a possibilidade de ficar com algumas migalhas, porém a irresponsabilidades de nossos administradores nem isso permitiram. […] Quando o assunto é polêmico como este deve-se no mínimo ser discutido com a comunidade, antes se tomar qualquer atitude precipitada. […] só nos resta o repudio e desafeto, pois sabiam de nossos anseios e nada fizeram para mudar aquilo que é verdadeiramente de direito de nossa comunidade.
Essa nota foi divulgada logo após as eleições municipais, em que o candidato José Antônio Périco, que fazia oposição ao prefeito do período, foi eleito. Nesse documento podemos evidenciar as disputas entre a Sociedade Amigos de Siderópolis e outras entidades, especialmente a Associação de Moradores do Bairro Rio Fiorita. Em entrevista com a senhora Ana Maria Ferraro Rodrigues, membro da Associação de moradores do Bairro Rio Fiorita, afirma que: O Dilnei Rossa passou tudo por baixo dos panos, tudo às escuras, no final do ano para os Amigos de Siderópolis, o pessoal se reuniu falou com a Associação, inclusive o Valdir Albonico (vereador que fazia oposição ao prefeito Dilnei Rossa) orientou que era pra fazer um abaixo assinado, pra que voltasse pra prefeitura, porque a prefeitura ia reformar, ia fazer, porque tinha boatos que essa associação de amigos de Siderópolis ia vender pro Henrique Salvaro depois de pronto, e o pessoal muitas vezes já cansado né, de lutar de pedir pra que as pessoas cuidassem do patrimônio, e com as coisas não tão esclarecidas, a Associação de bairros tomou parte e fez esse abaixo assinado e entregou pra prefeitura.
As disputas político partidárias envolvendo essas edificações. Assim que o novo prefeito assumiu, a lei de doação foi anulada pela Lei nº 1.342/01 de 18 de Abril de 2001, onde consta que “a revogação das doações mencionadas […] é feita por interesse público relevante”(Lei Nº1342/01) voltando assim os dois prédios para domínio da prefeitura. A partir de então, a prefeitura era total e única responsável pela manutenção dos prédios, foram anos de uso e de poucos reparos. Apenas em 2007 o Recreio do Trabalhador foi tombando como patrimônio Histórico Cultural de Siderópolis pela lei municipal Nº 1693 de 20 de julho de 2007 e o Escritório pela Lei municipal Nº 1.906 de 23 de Novembro de 2010. Os dois prédios foram tombados pelo prefeito Douglas Gleen Warmling, conhecido como Guinga na sua segunda gestão, lembrando que ele foi eleito em 2004, com mandato entre 2005/2008 e reeleito em 2008, mandato 2009/2012. O objetivo do tombamento em nível municipal era arrecadar verbas para seu restauro, pois havia uma cobrança principalmente, dos moradores do bairro Rio Fiorita. Segundo o prefeito: Quando a gente assumiu a administração em 01 de janeiro de 2005, se a gente fizer um resgate de como se encontrava o Recreio, ele não estava no estado que está hoje, porém ele já estava bastante deteriorado, o Recreio estava abandonado, ele estava sem uma utilidade.
Ainda segundo Guinga, ele tentou buscar outros meios de manter o lugar em atividade. No ano de 2006 entregou a administração do clube para alguns empresários locais que ficariam responsáveis por reformas e promoções de eventos. Porém, a mudança na cor original que era Azul e Branco, para o amarelo queimado provocou mais revolta nos moradores. As cores azul e branco eram as cores do Itaúna Atlético Clube, time de futebol da cidade e que tinha como sede o Clube Recreio do Trabalhador, como já foi dito anteriormente. Somando isso, a pouca adesão aos eventos promovidos dificultava a manutenção e continuidade das atividades por parte dos novos administradores, “foi reformado o Recreio, foi dado vida para o Recreio, mas as pessoas não passaram a participar da forma que precisava pra que ele continuasse a ter aquela atividade social que ele tinha”. Com a pouca participação da comunidade o contrato foi rompido, logo o Recreio do Trabalhador se tornou apenas mais um prédio abandonado. Em 2013 parte de sua estrutura caiu.
Ainda segundo o prefeito, “a prefeitura amargava naquele momento uma crise financeira bastante grande” o que inviabilizava o investimento de recursos na manutenção. Esse foi um dos motivos que levou o tombamento em 2007, pois segundo o entendimento do prefeito isso aumentaria as possibilidades de recursos financiados pelas autarquias federais. A prefeitura não dispunha desse recurso, ai a gente começou tanto no Recreio do Trabalhador quanto o Antigo Escritório da CSN também. Nós fizemos as duas situações, porque na verdade é um patrimônio histórico que tem muita identificação com a história da mineração de Siderópolis. Ai nós começamos a trabalhar em Brasília, pra tentar buscar esse recurso. Eu me recordo perfeitamente que o Escritório da CSN a gente conseguiu montar um projeto e encaminhar, mas nunca o governo federal nunca viabilizou esse recurso.
No prédio do Escritório da Antiga CSN funcionaram algumas empresas de calçados e reciclagem, mas logo que estas fecharam o local ficou completamente abandonado. Atualmente o espaço é utilizado por usuários de drogas e para prostituição, por isso a Associação de Bairros juntamente com o vereador Valdemar Carminatti solicitou ao prefeito sua demolição, para ser construído no lugar um complexo de lazer. O Sindicato dos Mineiros, também entrou com um pedido na prefeitura solicitando que o prédio do Escritório fosse doado para a entidade, visando a construção de um complexo que contaria com um museu do carvão e outros usos do próprio sindicato. A associação dos Moradores de bairro foi contra a doação, para eles o prédio deveria ser entregue ao sindicado somente se este permitisse que os moradores do bairro fizessem uso de três salas, como não entraram em um acordo a disputa continua atualmente. Ambas as entidades já possuem concessão de uso de patrimônios deixados pela CSN. O prédio onde funcionava a antiga portaria do escritório e o Ambulatório estão sob cuidados da Associação de Moradores. Já o Sindicato dos Mineiros conforme estipulado na Lei Nº1.507 de 19 de maio de 2004, recebeu uma área localizada em frente ao Escritório da CSN, onde o Sindicato possui sua sede e Associação dos Mineiros, esse é um dos fatores que faz com que alguns moradores do bairro sejam contra a doação de mais uma área para o sindicato. Segundo o morador João Augustinho, Se o sindicato tivesse a intenção de dizer assim tem uma sala pra vocês, o clube de mães, ou coisa parecida, mas o sindicato também não falou assim, por isso que associação foi contra, o que adianta o sindicato pegar e pouca demora a gente ter que ir lá e pagar, se é da comunidade, então eu acho que as coisas não foram bem esclarecidas.
Mais conhecido como “Canela”, seu João trabalhou na CSN como Laboratorista, fez parte da diretoria do Itaúna Atlético Clube de 1978 até 1991,depois até 2005 como zelador do Clube Recreio até seu afastamento pelo prefeito Guinga. Para ele, essas estruturas são importantes para a preservação da memória do bairro: Queria que alguém se movimentava e agente erguesse o Recreio, a comunidade tem que se movimentar, parado a gente não faz nada, se todo mundo fazer um pouquinho, ir pra cima dos órgãos, prefeito, deputado consegue, mas todo mundo fica esperando.
Durante 25 anos, ele esteve à frente do clube, realizava pequenos reparos para prolongar manter a instituição que fez parte da sua vida, mas novamente por divergências político partidárias ele foi afastado, e apenas pode observar de longe os saques e a depredação do lugar que ele zelava. Podemos perceber na fala do seu João e dos outros entrevistados, além dos documentos que tivemos acesso, a importância dessas estruturas no cotidiano de toda a cidade, o que evidencia o valor histórico desses bens.
Tendo em vista que patrimônio é um conjunto de bens materiais e imateriais que se referem à história de uma sociedade, é a herança de nossos antepassados que são transmitidos a gerações futuras e que evocam memórias de passado comum, por isso se faz importante seu uso e sua preservação. Entende-se assim que os bens relacionados às memórias do período carbonífero na cidade de Siderópolis precisam ser preservados tanto para que não se esqueça da sua importância para o desenvolvimento social e econômico da região.
Referências Bibliográficas 13Entrevista concedida no dia 22 de março de 2016, por João Augusto morador do Bairro Rio Fiorita desde 1954. BERNARDO, Roseli Teresinha. O tempo e os espaços de entretenimento das famílias operárias mineiras. In: GOULARTI FILHO, Alcides. Memória e cultura do carvão em Santa Catarina. Florianópolis: Cidade futura, 2004. 129 p. CAROLA, Carlos Renato. Dos subterrâneos da história: as trabalhadoras das minas de carvão de Santa Catarina (1937-1964) Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002. COSTA, Marli de Oliveria. A infância e as Vilas Operárias Mineiras da CSN. In: CAROLA, Carlos Renato (Org.). Memória e cultura do carvão em Santa Catarina: impactos sociais e ambientais. Santa Cruz do Sul, RS: EDUNISC, 2011. LANDIM, Paula. Percepção e Preservação Do Patrimônio Arquitetônico. In: V Seminário Nacional. I Encontro Latino Americano de Preservação e Revitalização Ferroviária. Anais. Piracicaba, SP, 2001. (online) LEMOS, Carlos A. C. O que é patrimônio histórico. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1981. SCAINI, Jucélia Longo; MAGAGNIN, Liana; DUARTE, Márcia RoseleneBarg. Conhecendo Siderópolis. 4 ed. Siderópolis: Prefeitura Municipal de Siderópolis, 2002. 71 p. Entrevistas: WARMELLING, Douglas Gleen. Entrevista concedida a Elaine Rodrigues. Siderópolis 03 de Fev. de 2016. Entrevista. RODRIGUES, Ana Maria Ferraro. Entrevista concedida a Elaine Rodrigues. Siderópolis 28 de Fev. de 2016. Entrevista. AGOSTINHO, João.Entrevista concedida a Elaine Rodrigues. Siderópolis 22 de Mar. de 2016. Entrevista. Documentos: BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Histórico Siderópolis. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=421760&search=santacatarina|sideropolis|infograficos:-historico) Acesso em: 28 de maio de 2016. SIDERÓPOLIS. Lei nº 1.906,de 23 de novembro de 2010. Siderópolis, 2010. SIDERÓPOLIS. Lei nº 1693,de 20 de julho de 2007.Siderópolis, 2007. SIDERÓPOLIS. Lei nº 1.322/00, de 29 de dezembro de 2000.Siderópolis, 2000. SIDERÓPOLIS. Leinº 850/91, de 02 de agosto de 1991.Siderópolis, 1991. SIDERÓPOLIS. Lei nº1.507, de 19 de maio de 2004.Siderópolis, 2004. SIDERÓPOLIS, Ofício nº 071/96, de 07 de maio de 1996. Siderópolis, 1996. SIDERÓPOLIS, Lei nº 1342/01, de 18 de Abril de 2001, Siderópolis, 2001. Fonte – http://www.encontro2016.sc.anpuh.org/resources/anais/43/1464835505_ARQUIVO_TextoCompletoAnpuhChapeco.pdf
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