Eternos namorados: casal é exemplo de amor e convivência
Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe.” A frase repetida por Maria Donadel, de 79 anos, e João Valdati, de 83 anos, no dia do casamento, é colocada em prática há quase seis décadas. No Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho, o casal de idosos dão exemplo de amor.
Amor à primeira vista. Essa é a definição usada por seu João, para resumir o motivo de ter se encantado pela esposa. Para ele, dona Maria é referência em ter boa índole e ser uma pessoa sincera. “Logo quando vi ela, me apaixonei. Nós dois morávamos no interior e naquela época, as famílias se reuniam no Natal para montar o presépio juntos. A cerimônia sempre acontecia na casa daqueles que tinham pé de pinho”, destacou Valdatti.
Casados há 58 anos e moradores de Siderópolis, apontar qualidades um no outro não é uma tarefa nada difícil. Ao contrário dos defeitos, que na hora de falar, as palavras fogem. “Ele é muito bom pra mim, já faz 24 anos que moramos sozinhos, só nós dois. Cuidamos um do outro, dividimos as tarefas de casa, vamos à missa. Temos um dever um com o outro”, disse dona Maria, com brilho nos olhos.
O início do casal
Quando adolescentes, os dois moravam com suas famílias, na divisa entre Urussanga e Siderópolis. Ficaram se conhecendo por um tempo sendo apenas bons amigos e depois namoraram. Após quase 10 anos, eles casaram na igreja com direito a bênção do padre, véu, grinalda, terno e gravata. Em 1963, nasceu a primeira filha e logo depois, vieram outras seis.
Pais de sete filhas mulheres, avôs de 11 netos e bisavôs de quatro bisnetos, a família “briga” para poder ir à casa do casal. As cerimônias das datas comemorativas sempre são feitas na casa deles. Para os dois, ver todos reunidos é reflexo do amor que sentem um pelo outro. O sentimento forte e colocado em prática diariamente nos pequenos detalhes é visto e apreciado por todas as gerações.
“É uma honra ter crescido com esse exemplo de amor, carinho e de proteção, que um tem pelo outro. Tendo sempre a fé em Deus, acima de tudo. Eles se ajudam nos momentos de felicidade e nas adversidades, mostrando que vale a pena sim lutar pela família e realização dos nossos sonhos. O jeito que se olham, me da esperança de um futuro melhor e a certeza do que quero para um relacionamento”, disse Mariana Araújo, de 27 anos, neta do casal.
“Nós adoramos ter a nossa família perto. Temos quatro filhas que moram nas redondezas da nossa casa. Uma na rua de trás, outra na do lado e assim vai. Na época da quarentena, na pandemia do coronavírus, não recebíamos visitas. Elas respeitavam, mas sempre diziam o quanto é difícil ficar longe”, salientou seu João.
“Não imagino a minha vida sem ela”
Para os dois, imaginar a vida um sem o outro é uma tarefa impossível. Valdatti chora só de pensar na possibilidade e afi rma: “Não imagino a minha vida sem ela”. “Um dia vamos ter que partir. Eu vou deixar ele ou ele vai me deixar. Mas dói imaginar. Nós temos uma relação tão boa, uma vida a dois, ele é companheiro, cuida de mim. Por exemplo, eu não tenho condições de ir limpar o jardim da casa e ele entende isso, sempre faz esse trabalho”, acrescentou dona Maria.
Destaques
“Logo quando vi ela, me apaixonei. Nós dois morávamos no interior e naquela época, as famílias se reuniam no Natal para montar o presépio juntos. A cerimônia sempre acontecia na casa daqueles que tinham pé de pinho – João Valdatti, de 93 anos”
Igreja, no bairro Vila São João, em Siderópolis, é uma réplica da que eles casaram
É uma honra ter crescido com esse exemplo de amor, carinho e de proteção, que um tem pelo outro. Tendo sempre a fé em Deus, acima de tudo. Eles se ajudam nos momentos de felicidade e nas adversidades, mostrando que vale a pena sim lutar pela família e realização dos nossos sonhos. O jeito que se olham, me da esperança de um futuro melhor e a certeza do que quero para um relacionamento Mariana Araújo, neta do casal
“Não imagino a minha vida sem ela”
Por Letícia Ortolan
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