A família de Adair Venturini trabalha com atafona há cinco décadas. Hoje, produtor mantém a atividade e comercializa produtos caseiros, entre eles, a farinha de milho.
Siderópolis
Segundo relatos, a construção da Atafona foi da família Nandi, que acabou vendendo para família Vulpato e nos anos 70, Hereditário Venturini comprou e trabalhou por muitos anos e, hoje, quem trabalha na atafona é seu filho Adair Venturini, que lembra: “Uma construção de mais de 80 anos não tem um cupim”, madeira de ótima qualidade, reforça Adair. A família Venturini mantém viva a tradição familiar até os dias atuais e põe à mesa um dos pratos mais conhecidos da região: a polenta. Utilizada como moedor de grãos, nesse caso, de milho, a atafona é responsável por produzir farinha para milhares de amantes da gastronomia típica italiana.
Em Siderópolis, a tradição que envolve a atafona na família de Adair Venturini, o Dair, está presente há quase seis décadas. “Começamos em 1971, com meu “Pai”, Hereditário Venturini. O município tinha duas no centro, nas comunidades do São Martinho, Jordão Alto também. Lembra, porque naquela época, o alimento principal dos colonos era polenta e minestra”, explica. “Tafona sempre tocada à energia elétrica, enquanto no interior usavam a força da água para movê-las ”, acrescenta
No início, a família do empreendedor atendia apenas colonos, hoje, pessoas de toda a região e de municípios vizinhos também visitam o comércio. “A gente descascava o arroz, o café e o milho, todos os dias. Até hoje, atendemos muitas pessoas das colônias. Antigamente, eu só atendia o colono, porque na verdade, naquela época, o alimento básico era a polenta. Eu trabalhava praticamente só para atender o colono. Atualmente, as famílias são menores, pequenas e também surgiram outros pratos, mas ainda assim, há muita procura”, enfatiza Venturini.
A tradição, então, permanece viva até os dias atuais na vida, não somente da família Venturini, mas de todos os sideropolitanos. “Temos gosto por isso, nos criamos em meio a essa gastronomia. Criamos um laço muito grande com o pessoal da colônia”, enfatiza o produtor.
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