Corte interrompe sequência de seis meses de alta da gasolina; acumulado no ano recua para 68%
A Petrobras vai reduzir os preços médios da gasolina A entregue às distribuidoras em 3% a partir de quarta (15). O litro do combustível entregue pela companhia passará de R$ 3,19 para R$ 3,09, corte de 10 centavos.
É o primeiro corte desde junho.
Em 1º de janeiro, a gasolina da Petrobras custava R$ 1,83 em média. Com isso, o aumento acumulado no ano recua de 74% para 68%.
“Esse ajuste reflete, em parte, a evolução dos preços internacionais e da taxa de câmbio, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”, informou a companhia.
Segundo cálculos da Abicom, com o reajuste de amanhã, a defasagem média entre os preços domésticos e internacionais fica em 2%, com sinais mistos.
O combustível da Petrobras fica entre 1% e 2% mais barato que os internacionais nos portos de Itacoatiara, Itaqui e Suape; chega a 3% e 4% em Santos e Araucária; e inverte em Aratu (2% mais caro).
A Petrobras nega que opere com defasagem. A Abicom, contudo, vem questionando a aplicação efetiva da política de paridade.
O ICMS está congelado nos estados
Há duas semanas, o governador do Piauí e coordenador do Fórum Nacional de Governadores, Wellington Dias (PT), disse à epbr que o valor de referência, para efeito de ICMS, pode ser descongelado em caso de redução.
“Se houver queda de preços, ficando abaixo do preço de referência, pelos estados, com muito prazer, reduzimos também [a base de cálculo do ICMS]”, garantiu.
Em uma concessão política, em resposta aos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, os governadores congelaram o ICMS de novembro a janeiro de 2022.
A alíquota percentual do imposto estadual incide sobre os preços finais dos combustíveis.
Se os estados mantiverem o ICMS congelado, representará uma barreira para o corte no preço da gasolina chegar às bombas.
A participação da Petrobras nos preços da gasolina comum vendida nos postos cairá de R$ 2,33 para R$ 2,26 por litro. O combustível é misturado ao etanol anidro, biocombustível com 27% de participação.
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