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Padre Valdemar Carminati celebra 50 anos de vida sacerdotal

Ele está em missão como vigário na Paróquia Nossa Senhora da Conceição

“Desde pequeno quando morava em Siderópolis me recordo que a gente trabalhava na roça e eu já falava que queria ser padre, com o tempo, fui amadurecendo a ideia e Deus foi encaminhando as coisas para irem acontecendo”, recorda o Padre Valdemar Carminati, que no dia 8 de julho, celebrou 50 anos de vida sacerdotal. Atualmente em missão como vigário na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Urussanga, padre Valdemar destaca que o bom pastor sente o cheiro das suas ovelhas, ou seja, que está próximo do povo e vive a sua realidade.

“O jubileu é um momento de ação de graças a Deus pelo seu amor, bondade, misericórdia e de renovação do compromisso assumido há 50 anos. Nós participamos da vida do povo como padres e vivenciamos a vida da comunidade, nesse sentido, é tempo também de celebração com todos os irmãos e irmãs”, ressalta. Para o sacerdote, que completa 80 anos de vida em outubro, o tempo de júbilo não deve ser dedicado apenas a sua pessoa, mas para dar honra e glória a Deus. “Assim como nos diz o Evangelho, devemos evidenciar Cristo e, a partir dele, ser luz na vida das pessoas”.

A Missa em Ação de Graças pelo Jubileu de Ouro Sacerdotal acontece no dia 31 de julho, às 10 horas, na Igreja Nossa Senhora do Carmo, comunidade Rio Kuntz, em Siderópolis, junto de familiares, amigos e demais membros da comunidade.

Apoio familiar e dedicação ao ministério

Padre Valdemar nasceu na comunidade de Rio Kuntz, em Siderópolis. Filho de João e Iolanda Lorenzon Carminati, é o terceiro filho de uma família de oito irmãos. “Meus pais sempre participaram da vida da igreja e, em 1957, o apoio deles foi fundamental para que eu entrasse no seminário”, relata.

Além do pai, em um período marcado por visitas vocacionais, o jovem Valdemar contou também com o incentivo do padre Izidoro Ghislandi, com quem depois teve a alegria de dividir as funções em sua primeira paróquia, no bairro Oficinas, em Tubarão. Mais tarde, com a transferência de padre Izidoro, Valdemar assumiu como pároco, em 1974. “Nessa época enfrentamos a grande enchente de 1974, onde parte das vestes da minha ordenação foram levadas pela correnteza, foi um período de muito trabalho. Em 1980, recebi uma nova missão na recém-criada Paróquia Sagrada Família, em Araranguá, já em 1985, fui convidado por Dom Osório Beber para ser vigário-geral da Diocese de Tubarão e, em 1992, com a sua transferência para a Diocese de Coxim, no Mato Grosso do Sul, fui nomeado para ser administrador diocesano até a chegada de Dom Hilário Moser”, relembra.

Em 1993, os estudos seguiram em Roma, com a graduação em Missiologia. De volta ao Brasil, atuou na Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens, em Araranguá. Na cidade de Criciúma, por uma década esteve em missão na Catedral São José, com passagem também na Paróquia São Paulo Apóstolo, na mesma cidade. Exerceu ainda por sete anos seu ministério como reitor do Santuário Diocesano Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza. “Agora estou aqui em Urussanga e lá se vão quase 50 anos de serviço ao povo, anunciando o Evangelho de Jesus Cristo e procurando, mesmo que diante das minhas limitações, ser um servidor na ótica do reino”, enaltece.

O caminho até a ordenação

Padre Valdemar ingressou no seminário, em Tubarão, no ano de 1957, aos 14 anos de idade. Naquela época, o novo espaço formativo havia recém iniciado suas atividades, depois que o seminário diocesano havia sido consumido pelas chamas na cidade de São Ludgero. Após os estudos iniciais foi para Curitiba (PR), estudar Filosofia e Teologia. Ordenou-se em 8 de julho de 1972, em São Bento Baixo, sob a imposição das mãos de Dom Anselmo Pietrulla. “Era um dia de muita ventania e frio, nas fotos se percebe o cabelo das pessoas bagunçado pelo vento”.

Na semana da sua ordenação presbiteral, em uma entrevista cuja as palavras foram anotadas e que seguem guardadas até hoje, sua mãe comentou o momento de alegria. “Nesta semana me lembrei muito do tempo que ele era criança, me lembrei também do dia em que entrou no seminário, pensei que esse dia nunca chegaria, mas chegou.  Peço a todas as mães que rezem para que haja muitos sacerdotes, a oração de uma mãe tem muito valor”, disse Iolanda naquela oportunidade.

O sacerdote destaca ainda que pelo Batismo todos participam da missão de Jesus Cristo. “Ser padre é um serviço, nesse sentido, quero vivenciar o jubileu também como um período de avaliação e alegria, se o corpo já não tem mais aquela disposição, mas a alegria em servir Cristo deve ser constante”, finaliza.

Fonte Redação Engeplus

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