O Governo de Siderópolis, por meio do Departamento de Cultura, organizou uma exposição, que ocupa todo o prédio da prefeitura.’Olha a Imperatriz Bellunense aí gente’, faz referência à Escola Imperatriz Bellunense, fundada em 1994, com um acervo de fantasias, acessórios, fotos e muitas outras memórias.
De acordo com o Departamento de Cultura, a exposição teve a colaboração de Marinho Romão e de sua esposa, sendo estes, fundadores da escola. “Resgatar a história de um passado cheio de glória, e muita criatividade é percorrer passos repletos de histórias daqueles que fizeram a Escola de Samba Imperatriz Bellunense ser a mais notável nas avenidas por onde passou. A escola marcou a vida de muitos soteropolitanos, sendo destaque pelos sambas enredos, alegorias, e a forte participação dos moradores”.
Recordando “Imperatriz Bellunense”
Escola de samba que deixou saudades
História da pentacampeã do carnaval de Criciúma, a Escola de Samba Imperatriz Bellunense de Siderópolis. Marcada pelos sambas enredos inéditos, a escola se destacava na avenida, pois trazia o espírito do samba nacional, se assemelhando aos desfiles do eixo Rio-São Paulo.
As alas, os carros alegóricos, o casal de mestre-sala e porta-bandeiras, a comissão de frente, a bateria, a escola como um todo conquistava o público por onde passava, arrastava multidões ao som dos marchinhas de carnaval e colocava as pessoas para sambar.
Campeã nos anos de 1995, 1996, 2000, 2001 e 2002, a escola está marcada na memória das pessoas que presenciaram os desfiles e os sambas enredos estão na ponta da língua de quem era e ainda é fã. Hoje, a Imperatriz se tornou um marco para a história de Siderópolis. Portanto, o objetivo do trabalho é resgatar as lembranças e propagar para as pessoas que não puderam ter a oportunidade de conhecer a escola na avenida. Conforme afirma Lopez e Silva (1994), a memória pode ser lembrada com esforço e reconhecimento do trabalho. Fato adquirido também pelos integrantes da escola, por meio das preparações para o desfile como, elaboração de fantasias, samba-enredo, escolha da rainha de bateria, entre outros.
Um dos momentos que ficará guardado na memória de quem pôde presenciar os desfiles da pentacampeã, foi o pioneirismo da Imperatriz em trazer para a avenida um casal interpretando Adão e Eva, apenas usando tapa-sexo. Mário Romão (2020), organizador e carnavalesco, lembra que em uma época em que o nudismo ainda não era apresentado pelas escolas, a Imperatriz trouxe à avenida inovação. O público lembra até hoje do desfile que tornou a escola mais uma vez campeã. Essas lembranças tornam-se parte da história do município, por meio de recordações afetivas dos fãs e ex-integrantes.
Em 1994 quando foi fundada a escola de samba Imperatriz Bellunense, os Sideropolitanos não imaginavam tamanha conquista que vinha pela frente. Foram anos de história que resultaram em troféus, reconhecimento e corações arrebatados pela beleza e ousadia apresentados pela escola.
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