Julgadores decidem se Carlos Moisés cometeu crime de responsabilidade na compra fraudulenta de 200 respiradores; quatro deputados já votaram pela absolvição
Com o voto do deputado Fabiano da Luz (PT), o governador Carlos Moisés (PSL) conquistou os votos necessários para ser inocentado nesta sexta-feira (7) pelo Tribunal de Julgamento. Quatro julgadores já manifestaram voto favorável pela absolvição, até as 13h30.
A soma inviabiliza a condenação, que depende de sete votos (2/3 do Tribunal de Julgamento) – o Tribunal conta com dez julgadores. Após Fabiano da Luz, ainda votam dois julgadores. O julgamento ocorre de forma virtual, devido à pandemia de Covid-19
O presidente Ricardo Roesler abriu a sessão às 9h. O governador afastado Carlos Moisés não está presente e não se manifestou. Seguindo o rito, se manifestaram os cinco advogados de acusação. Em seguida, o defensor de Carlos Moisés teve o prazo de fala.
Por volta das 11h30, começaram a etapa de manifestação dos dez julgadores – cinco desembargadores e cinco deputados estaduais. A ordem foi definida conforme o tempo de atuação nos órgãos (os mais antigos falaram primeiro). A previsão era de que a etapa fosse restrita a manifestação, e apenas em seguida cada um votasse.
Entretanto, assim como aconteceu nas sessões anteriores, os julgadores estão votando e se manifestando simultaneamente. Caso o resultado se concretize formalmente, Moisés retorna ao cargo, atualmente ocupado pela governadora interina Daniela Reinehr (sem partido).
O voto de cada julgador
- Desembargadora Sônia Schmitz – Sim
- Deputado Marcos Vieira (PSDB) – Não
- Desembargador Roberto Pacheco – Sim
- Deputado José Milton Scheffer (PP) – Não
- Desembargador Luiz Zanelato – Sim
- Deputado Valdir Cobalchini (MDB) – Não
- Desembargadora Rosane Portela Wolff (relatora) – Sim
- Deputado Fabiano da Luz (PT) – Não
- Desembargador Luiz Fornerolli –
- Deputado Laércio Schuster (PSB) –
Respiradores
Os 10 julgadores – cinco deputados estaduais e cinco desembargadores – decidem se Moisés foi omisso, participou ou é inocente na compra fraudulenta de 200 respiradores pelo Governo Estadual, no valor de R$ 33 milhões. Até hoje, um ano depois, apenas 50 equipamentos foram entregues.
Via ND+
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