Goleiro, arqueiro, guarda redes, disco voador, goalkeeper além de muitos outros títulos, teve o grande goleiro do Itaúna Atlético Clube, nos idos de 1960 e 1970.
Suas incríveis defesas recheadas de malabarismos e coreografias levavam o pessoal ao delírio.
Sem a menor das dúvidas, foi o melhor goleiro que atuou na região naqueles bons tempos.
Mas uma mania do Edival intrigava os torcedores do Itaúna, e dos adversários.
Na época as camisetas dos goleiros possuíam uma espécie de almofadas no peito. Será que tinha como finalidade aliviar o impacto dos petardos dos atacantes adversários?
– Não sei, só sei que o Edival sempre entrava em campo, com a camiseta apresentando uma mancha no peito, proveniente de umidade. Uns diziam que aquilo não passava de um pouco de água que ele colocava no peito, outros alegavam que era cachaça.
Lembro que durante os jogos, ele frequentemente puxava a camiseta, simulando que estava cheirando aquela misteriosa mancha.
O tempo passou, o Edival nos deu seu “ADEUS”. E até hoje permanece o mistério.
(Da série: Fioritano pura cepa)
DISCO VOADOR
Não faço ideia de quando ouvi pela primeira vez esse termo: “disco voador”.
Lembro que ouvindo as estórias, fiquei com medo de sofrer uma abdução por disco voador.
Muitas vezes enquanto trabalhava na venda, servindo umas biritas para o pessoal que costumava relaxar, contando causos após uma jornada árdua de trabalho, ouvia estórias de assombração “aparenças”, lobisomem e mula sem cabeça.
Eu mesmo sendo criança, achava aquilo pura fantasia, até porque nunca fui supersticioso, mas recordo que certa vez ri de um causo desses, e fui chamado atenção.
Com o passar do tempo, o termo “disco voador” passou a ser corriqueiro no Rio Fiorita, identificando o maior e mais famoso goleiro que um dia atuou em nossa terrinha, o Edival.
E por que o apelido de disco voador?
Dizem que foi em função de suas acrobacias ao fazer defesas mirabolantes, “voando pelos ares” na pequena área.
(Da série: Fioritano pura cepa)
Mano
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