DESTAQUE SAÚDE

Debate sobre poluição Rio Mãe luzia

Rios e poços com água contaminada preocupam moradores de Siderópolis

Um debate público foi realizado na noite desta terça-feira (16) para ouvir a comunidade e discutir providências

A situação dos rios de Siderópolis tem preocupado os moradores da cidade. O Rio Mãe Luzia, principalmente, apresentaria indícios de contaminação por rejeitos da extração de carvão. Uma coleta de materiais realizada em rios e poços tubulares da região pelo Instituto Internacional Arayara revelou um aumento da contaminação, inclusive na água que, hoje, é utilizada pela população.

Produtores rurais que vivem próximos ao rio perceberam alteração na cor da água e o sumiço dos peixes. Para ouvir o relato da comunidade e discutir as providências a serem tomadas pelas autoridades locais, a Câmara de Vereadores, em conjunto com o Instituto Internacional Arayara, realizou nesta terça-feira (16) o debate público, intitulado “Rio Mãe Luzia Pede Socorro”.

“A nossa expectativa é entrar com uma Ação Civil Pública e criminal, que investigue os culpados por este ato, em que a saúde da população é colocada de lado para um interesse privado nessa situação irregular que precisa ser corrigida”, comentao diretor de campanhas do Instituto Arayara, Juliano Bueno de Araújo.

O debate foi promovido pela Câmara em conjunto com o instituto, que é uma organização não-governamental brasileira atuante na defesa do meio ambiente e das pessoas que vivem na Região Carbonífera de Santa Catarina, promovendo a conscientização e ações para uma transição energética justa e sustentável.

O instituto atua em todo o cenário nacional com um time em defesa das comunidades, que acabam sofrendo consequências graves por conta de lançamentos irregulares de rejeitos tóxicos que oferecem risco à saúde humana e aos animais, como é o caso do Mãe Luzia.

“A questão de saúde no direito por uma água de qualidade e segura para toda a população é a defesa da garantia da vida sob todas as suas formas”, salienta Juliano. Segundo ele, as análises foram realizadas há dois anos em todo o estado, somando 21 municípios com toxinas na água. No total, são mais de R$ 8 bilhões em prejuízos e cada município têm direito a ser ressarcido.

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